Como
tornar as cidades brasileiras mais sustentáveis?
Discuta com a turma o conceito de planejamento
urbano sustentável e proponha aos alunos que estudem alternativas para melhorar
a qualidade de vida nas cidades onde vivem.
Objetivos
- Introduzir o conceito de planejamento urbano sustentável.
- Refletir sobre iniciativas que tornam as cidades mais sustentáveis.
- Utilizar a pesquisa de opinião como fonte de informações.
- Refletir sobre os problemas socioambientais das cidades.
- Propor possíveis soluções para melhorar a qualidade de vida da população local (do entorno da escola ou da cidade).
Conteúdos
- Sustentabilidade.
- Cidades sustentáveis.
- Planejamento urbano.
- Energias renováveis.
- Mobilidade urbana.
- Introduzir o conceito de planejamento urbano sustentável.
- Refletir sobre iniciativas que tornam as cidades mais sustentáveis.
- Utilizar a pesquisa de opinião como fonte de informações.
- Refletir sobre os problemas socioambientais das cidades.
- Propor possíveis soluções para melhorar a qualidade de vida da população local (do entorno da escola ou da cidade).
Conteúdos
- Sustentabilidade.
- Cidades sustentáveis.
- Planejamento urbano.
- Energias renováveis.
- Mobilidade urbana.
Anos
8º e 9º anos
8º e 9º anos
Tempo estimado
Quatro aulas
Quatro aulas
Materiais necessários
Cópias
das figuras 1 e 2 para mostrar à turma; computadores conectados à internet;
textos de apoio disponíveis neste plano de aula.
Introdução
Em 31 de
outubro de 2011 a Terra alcançou a marca de 7 bilhões de habitantes e mais da
metade de toda essa população já vive em áreas urbanas. No Brasil, 85% da
população vive em cidades. No entanto, a falta de planejamento urbano e de
responsabilidade socioambiental dos cidadãos tem provocado sérios problemas,
como a poluição do ar, os congestionamentos, o acúmulo de lixo em lugares
inadequados, como rios e córregos, a violência, entre outros. Os problemas
urbanos são um bom mote para trabalhar com os alunos alternativas de
planejamento mais sustentáveis para as cidades brasileiras.
Desenvolvimento
1ª aula
Comece a
aula explicando aos alunos que nos próximos encontros vocês irão analisar os
principais problemas urbanos e discutir alternativas adotadas por algumas
cidades para solucionar as dificuldades decorrentes da falta de planejamento e
das ações humanas inconsequentes para o território.
Para
sensibilizar os estudantes sobre o tema "cidades sustentáveis" e identificar
os conhecimentos que eles têm a respeito do assunto apresente duas imagens que
mostram problemas urbanos e que ilustram propostas de intervenção, conforme a
sugestão abaixo. Deixe que os alunos observem as fotografias por alguns
instantes e, em seguida, lance as seguintes questões: o que mais chama atenção
nessas imagens? Por quê? Você concorda com as intervenções propostas? Você
teria outras sugestões de intervenção? Quais? É importante que neste momento os
alunos expressem suas opiniões e adquiram certa familiaridade com o assunto.
Figura 1: Congestionamento em uma cidade grande e propostas de
intervenção para resolver o problema. Foto: Alexandre Battibugli. Ilustração:
Rogério Fernandes
Figura 2: Fábrica soltando fumaça e propostas de intervenção para
resolver o problema. Foto: Joel Rocha. Ilustração: Rogério Fernandes
Depois de
diagnosticar os conhecimentos que os alunos têm a respeito dos problemas
urbanos e sobre boas iniciativas adotadas por cidades brasileiras para resolver
essas questões, acrescente algumas informações sobre os grandes transtornos
enfrentados pelos habitantes de metrópoles - tais como congestionamentos,
poluição, descarte incorreto do lixo etc. Solicite, ainda, que os estudantes
apontem outros problemas que uma metrópole apresenta e comentem se esses
problemas se repetem em cidades menores.
Registre
as repostas da turma na lousa e comente que o crescimento desordenado das
cidades brasileiras tem agravado esses problemas. Proponha, então, uma questão
para debater com a classe: é possível planejar alternativas mais sustentáveis
para viver nas cidades brasileiras? Nesta etapa, você pode explorar o texto de
apoio disponível em http://abr.io/1XCX. Destaque que a razão para se construir
cidades mais sustentáveis parte da necessidade de se oferecer aos habitantes
dos grandes centros urbanos melhores condições de vida.
Reforce
para os estudantes a ideia de que os problemas enfrentados nas grandes cidades
do globo não são os mesmos - eles variam conforme o grau de desenvolvimento dos
países. Enquanto no Brasil ainda enfrentamos questões relacionadas à destinação
do lixo e do esgoto que produzimos (ainda enfrentamos sérios problemas
relacionados à falta de saneamento básico), na Europa já existe a preocupação
em desenvolver formas mais limpas de se gerar energia, em decorrência da
poluição provocada pela queima de combustíveis fósseis, como o petróleo ou o
carvão.
Com base no
texto de apoio abaixo e nos conhecimentos dos alunos, promova um debate sobre
os motivos pelos quais a maioria das cidades brasileiras ainda são pouco
sustentáveis. É importante que os alunos comentem não apenas sobre as grandes
metrópoles, mas falem das cidades e dos bairros onde vivem.
Texto
de apoio Os desafios da sustentabilidade em grandes cidades
A densidade demográfica
em pontos específicos do globo não deixa dúvidas: o homem, por escolha, optou
por áreas urbanas. É lá que estão as melhores oportunidades de emprego, saúde,
cultura e lazer - e os maiores problemas. O desafio do momento é transformar
esses grandes centros em locais sustentáveis e agradáveis de viver. Ao
contrário das cidades antigas, que eram muradas para evitar o ataque inimigo,
as metrópoles de hoje crescem sem limites. (...) "As cidades absorveram
quase dois terços da explosão populacional global e hoje o crescimento é de 1 milhão
de bebês e migrantes por semana", afirma Mike Davis, professor da
Universidade da Califórnia, no livro Planeta Favela.
Tóquio, Nova York,
Mumbai, São Paulo, Moscou, Cairo, Xangai: essas são algumas das cidades com
mais de 10 milhões de habitantes definidas pela Organização das Nações Unidas
(ONU) como megacidades. "Elas articulam a economia global, ligam as redes
informacionais e concentram o poder mundial", diz o cientista social
Manuel Castells. Por isso, há tanta gente vivendo no mesmo espaço. É nas
regiões mais urbanizadas que se encontram as melhores oportunidades de emprego
e renda, bem como de acesso à Educação, saúde, lazer e cultura. Mas nessas
aglomerações há também os maiores desafios de gestão socioambiental. (...)
"precisamos discutir o destino do lixo e do esgoto domésticos e a
qualidade do transporte público. Também temos de debater a falta de áreas
verdes e a questão das moradias em locais irregulares", diz Pedro Jacobi,
professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). (...)
"Na construção de cidades sustentáveis, colocamos centralmente o resgate
de melhores condições de vida prejudicadas pelo crescimento desordenado",
diz Marta Romero, urbanista e professora da Universidade de Brasília (UnB).
Em 1987, a expressão
"desenvolvimento sustentável" apareceu no relatório Nosso Futuro
Comum, também conhecido como Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão
Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento. Segundo o documento,
"desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do
presente sem colocar em risco a possibilidade das gerações futuras".
O impacto do Relatório
Brundtland e a organização cada vez maior dos movimentos ambientalistas
culminaram na Conferência Eco-92, realizada na cidade do Rio de Janeiro. A Agenda
21, que sintetiza as propostas da conferência, é um marco porque consagrou a
ampliação do conceito de sustentabilidade, que passou a agregar as dimensões
social e econômica. Desde a Eco-92, a sustentabilidade não significa apenas
usar de forma consciente e eficiente os recursos naturais.
"Sustentabilidade é também redução dos níveis de pobreza, criação de
emprego e renda, redução das desigualdades e da violência e democratização das
informações e decisões", explica a socióloga Lúcia Ferreira, do Núcleo de
Estudos e Pesquisas Ambientais da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Quando a discussão
sobre a qualidade de vida nas áreas urbanas ganhou força, em meados da década
de 1970, pensava-se que o único jeito de minimizar os impactos ambientais e os
problemas sociais era impedir o crescimento das cidades. No entanto, as
tentativas de manter as pessoas no campo, por razões econômicas e culturais,
foram frustradas. Para Lúcia Ferreira, as cidades são indiscutivelmente polos
de atração. "Mandar as pessoas de volta a seus locais de origem não
resolve. É o momento de rever as políticas públicas", diz.
Não há uma receita para
o sucesso, porém boas práticas adotadas no Brasil e no exterior indicam que,
sim, é possível escapar do colapso. Para isso, os gestores devem entender as
cidades como organismos que precisam entrar em equilíbrio: "O consumo de
recursos renováveis não pode exceder a capacidade de reposição deles. Assim
como a taxa de emissão de poluentes não pode superar o ritmo de absorção e transformação
por parte do ar, da água e do solo", diz Marta. O arquiteto Carlos Leite,
especialista em desenvolvimento sustentável, é otimista. Há mais de dez anos,
ele viaja o mundo para conhecer alternativas sustentáveis em lugares separados
não apenas pela distância geográfica, mas também pelas diferenças culturais.
Para ele, as cidades
ideais não existem. "Elas são feitas por homens e refletem os problemas
dos homens. Mas existem exemplos que evidenciam ser possível mudar e achar as
fórmulas para construir cidades mais sustentáveis, onde o encontro das pessoas
entre si e com o ambiente seja privilegiado".
Em época de imperativa
preocupação com o desenvolvimento sustentável, é de destacar que dois terços do
consumo mundial de energia se deem nas cidades, que são responsáveis por
aproximadamente 75% de todos os resíduos gerados. Portanto, ao tratar de
aquecimento global, é necessário falar de cidades mais sustentáveis. O grande
desafio estratégico do momento são as metrópoles. Se elas não funcionam bem, o
planeta se torna inviável. Porém metrópoles contemporâneas compactas, como as
capitais dos países escandinavos, propiciam maior desenvolvimento sustentável.
A razão é esta: elas concentram tecnologia e novas oportunidades de crescimento
e geram inovação e desenvolvimento. Eis o grande desafio apresentado às grandes
cidades. Elas são o futuro do planeta urbano e devem ser vistas como
oportunidades e não como problema. Virão delas as respostas para um futuro
verde. As melhores são as que sabem se renovar e funcionam como um organismo.
Quando adoecem, se curam, mudam. O caminho é refazê-las, em vez de expandi-las,
compactá-las, deixá-las mais sustentáveis e transformá-las numa rede
estratégica de núcleos policêntricos compactos e densos.
As cidades
desenvolvidas são as cidades sustentáveis, inclusive socialmente. Mais verdes e
inclusivas. São normalmente as mais antigas, pertencentes aos países ricos. Ali
os maiores dramas já foram resolvidos e agora há oportunidades e recursos para
a implementação de melhorias que megacidades emergentes, como São Paulo e
Xangai, ou países subdesenvolvidos, como Nigéria e Senegal, estão muito longe
de poder buscar. É muito mais urgente para São Paulo, por exemplo, direcionar
esforços e recursos para regenerar territórios centrais e dotá-los de
habitações construídas rapidamente por meio de sistemas industrializados do que
se preocupar com a arborização e o mobiliário urbano de bairros ricos. Não há
cidade sustentável sem a desejável sociodiversidade territorial.
*Adaptado do texto: "Os desafios da
sustentabilidade em grandes cidades", de Ana Paula Severiano.
2ª aula
Agora que
os alunos já entenderam o que é sustentabilidade e debateram algumas práticas,
é hora de apresentar a eles o conceito de planejamento urbano. Esclareça aos
estudantes que planejamento urbano refere-se ao ato de pensar uma série de
medidas que buscam promover mudanças na paisagem urbana, a fim de melhorar a
vida de seus habitantes. Para tanto, é importante que haja participação e
cuidado com as pessoas e com o meio em que vivem. Comente que algumas cidades
(Amsterdã, Barcelona, Copenhagem, Estocolmo, Freiburg, Vancouver, entre outras)
têm encontrado caminhos para enfrentar os seus problemas e tornar a cidade mais
sustentável. Para conhecer alguns desses projetos, leve a turma para a sala de
informática e peça que acessem o site da ferramenta Google Street View
(http://abr.io/1XCf).
Sob a sua
orientação, os alunos irão navegar pelo site e encontrarão os mapas de algumas
das cidades mais sustentáveis do planeta. À medida que aprofundarem os níveis
de navegação, os alunos poderão visualizar os projetos urbanos das cidades (a
ferramenta mostra fotos de satélite navegáveis e em boa definição), fazendo um
tour virtual por algumas das ruas mais famosas de lugares como Amsterdã,
Barcelona, Copenhagem, Estocolmo e Vancouver.
A
ferramenta é uma boa sugestão para que os alunos também percebam como se dá a
mobilidade humana nesses espaços. A cidade de Amsterdã, por exemplo, investiu
em transporte público de qualidade - com bicicletas em ciclovias planejadas
para este fim e bondes elétricos (os "trams") que se movimentam sobre
trilhos no centro da cidade. Explique à turma que esse tipo de transporte
público é vantajoso em relação aos ônibus, pois seu funcionamento causa menos
poluição sonora e atmosférica.
Com base
nas fotos observadas pelo Street View, peça aos alunos que observem e discutam
como se dá a circulação dos cidadãos pela cidade e qual o tipo de energia
utilizado pelo transporte público. Chame a atenção da turma para a limpeza das
ruas e para a opção pela energia elétrica utilizada no transporte público.
Como
lição de casa, peça aos alunos que escrevam, individualmente, um texto
comparando as medidas adotadas por essas cidades sustentáveis às soluções de
planejamento urbano que já foram implantadas na cidade onde vivem. Os
estudantes devem debater os principais problemas da cidade no texto. Espera-se
que eles explorem os conceitos de sustentabilidade e de planejamento urbano
debatidos até aqui.
3ª e 4ª aulas
Para
aprofundar a discussão, apresente à turma quatro temas que estão relacionados à
sustentabilidade das cidades: mobilidade urbana; construções sustentáveis;
energias renováveis e resíduos sólidos. Em seguida, divida os alunos em quatro
grupos, atribua um tema para cada equipe e solicite que elaborem uma pesquisa
de opinião, com o objetivo de conhecer o que as pessoas da comunidade escolar
pensam sobre esses temas. Antes de preparar o questionário com a turma,
esclareça o que é primordial discutir a respeito de cada um dos temas:
Mobilidade urbana: identificar a qualidade do transporte público
utilizado pelos entrevistados; quais os meios de transporte individual (carros
ou bicicletas) e se trazem problemas socioambientais; quais as possíveis
soluções para resolver os problemas (as pessoas trocariam o carro pela
bicicleta em alguns dias da semana, por exemplo?). Para embasar a pesquisa do
grupo sobre a mobilidade, sugerimos alguns textos de apoio, do site Planeta
Sustentável:
A metrópole do transporte sustentável
Vaivém urbano
Por mais mobilidade
Entrando nos trilhos
Vá de bike
Construções sustentáveis: identificar se as residências e o prédio da escola
foram projetados e construídos levando-se em conta estratégias de
sustentabilidade, como economia de energia, eficiência da água, melhor
qualidade ambiental interna e gestão de recursos. Para ampliar a compreensão
desses temas sugerimos os seguintes textos de apoio:
Brasil é o quinto país no ranking da
construção
Olimpíadas de Londres: bom exemplo
para o RJ
Ecocasas na cidade grande
Moradas Sustentáveis
Economia com pouco esforço
A casa ecológica
Energias renováveis: identificar se conhecem ou utilizam algum tipo de
energia renovável. Os entrevistados conhecem ou usam a energia solar? Por quê?
Que tipos de combustível utilizam nos carros? Os entrevistados conhecem ou se
preocupam com os problemas gerados pelo consumo exagerado de energias não
renováveis? A etapa de pesquisa deste grupo pode ser embasada pelos seguintes
textos:
Energia eólica economiza muita água
Folhas solares: o futuro da energia
barata
Avanços em bioenergia
O futuro da energia
Infográfico: o ciclo do etanol
70 questões para entender o etanol
Resíduos sólidos: identificar se os membros da comunidade escolar realizam a separação do
lixo; como descartam pilhas e baterias; se há organização de catadores no
bairro ou se a cidade oferece a coleta seletiva de lixo. A pesquisa do grupo
pode ser fundamentada de acordo com as informações dos seguintes infográficos e
textos de apoio:
Infográfio: A viagem do lixo
Infográfico: O lixão verde
Aqui era o maior lixão do mundo
Celular: inimigo do consumo
consciente
A nova era da reciclagem
Coleta seletiva e solidária, o
próximo passo
Descarte certo
A construção da química verde
Para onde vai o lixo?
Brasil pode reduzir em 74% as
emissões de CO2 do lixo / Metano liberado nos lixões gera energia elétrica
Após a
etapa de pesquisa sobre cada um dos temas, oriente os grupos para que formulem
um roteiro de questões objetivas, diretas, claras e desencadeadoras de
reflexão. Cada grupo deverá consultar ao menos 20 pessoas (professores da
escola, pais, colegas, funcionários, vizinhos etc.). É importante iniciar as
entrevistas com perguntas de caráter pessoal, como por exemplo: você gosta de
passear ao ar livre? E há opções de áreas verdes próximas da sua residência
para realizar um passeio? A partir daí, as perguntas seguem abordando os
assuntos estipulados objetivamente.
Abaixo,
preparamos um passo a passo para ajuda-lo a elaborar o roteiro de perguntas com
a turma:
Passo a
passo para a elaboração do roteiro de entrevistas
1) Estudar sobre o tema da
entrevista (a fase de pesquisa, em que os alunos investigam as informações em
livros, jornais e internet).
2) Na hora de elaborar as
perguntas, é importante considerar:
- Simplicidade, inteligência e clareza: as questões
devem ser diretas, curtas e simples. Para obter uma resposta objetiva, é
importante fazer uma pergunta objetiva.
- Cada pergunta deve ter, a priori, uma função para
a análise, deve referir-se às hipóteses/objetivos estabelecidos desde a fase de
pesquisa. A que dúvidas queremos responder?
- A linguagem das perguntas deve ser adequada ao público.
- As chamadas "perguntas fechadas" (que
levam a respostas como ‘sim’ ou ‘não’, ou que são elaboradas a partir da frase
‘com que frequência...’) facilitam a tabulação.
- Também é importante ter algumas "perguntas
filtro", utilizadas para excluir pessoas que não fazem parte do
público-alvo da entrevista. Por exemplo, em uma pesquisa sobre hábitos de
leitura, não faria sentido entrevistar pessoas que não costumam ler.
3) Como organizar o
questionário:
- Cabeçalho de identificação
- Identificação do respondente
- Perfil do respondente
- O corpo do questionário
Outras
dicas importantes
- Tenha em mente os objetivos do estudo e o público
pesquisado.
- Avalie se o questionário contém todas as perguntas
necessárias para subsidiar as hipóteses que queremos testar.
- Leia e releia as perguntas para se certificar de
que estão claras.
- Entrevistas curtas são mais produtivas. Evite
aquelas perguntas que são apenas interessantes, porém não são essenciais.
- Instrua a equipe de entrevistadores (os seus
alunos) sobre a aplicação do questionário - questão a questão.
- Certifique-se de que todos os objetivos e áreas de
abordagem estejam acomodados no questionário.
- Tenha em mente que o questionário deve ser
conveniente para o entrevistador aplicar e registrar as respostas (reserve
espaços para que os alunos possam fazer anotações ou recomende que eles gravem
as entrevistas).
- Oriente os alunos a produzir registros escritos da
entrevista. Se possível, peça aos grupos que fotografem ou filmem os
entrevistados.
*Adaptado
do texto de Silvia Cervellini e Rodrigo Parron (IBOPE)
Proponha
que os alunos tentem aplicar os questionários durante as aulas. Se não
atingirem o número de entrevistados, vale estender a atividade como lição de
casa e analisar os resultados das entrevistas nas próximas aulas. Você deve
ajuda-los a tabular as respostas, usando programas de computador como o
Microsoft Excel.
Com as
entrevistas devidamente organizadas, a turma poderá organizar uma lista de
propostas da comunidade para melhorar a qualidade de vida da população do
entorno da escola e até mesmo da cidade onde vivem.
Se achar
conveniente, estenda essa sequência didática e proponha à turma a elaboração de
um projeto para tornar a escola mais sustentável, que envolva professores,
funcionários, pais e os outros alunos da escola.
Avaliação
Observe
se os alunos dominam o conceito de sustentabilidade e se sabem dizer com as
próprias palavras o que são as cidades planejadas e quais as principais
soluções adotadas por esses espaços. Avalie a elaboração e a aplicação dos
questionários diante dos objetivos propostos para cada grupo. Considere as
etapas de tabulação das entrevistas e a discussão da turma sobre as medidas que
podem melhorar a qualidade de vida de todos. A participação e o engajamento dos
alunos são fatores fundamentais para avaliar como levar o projeto adiante.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/plano-aula-como-tornar-cidades-brasileiras-mais-sustentaveis-647289.shtml
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