quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Interpretação de mapas com figuras proporcionais

Objetivos
-Relacionar a variação visual das figuras com a variação das quantidades representadas em um mapa temático.
-Construir um mapa de figuras proporcionais para representar a população brasileira por região.
-Interpretar um mapa com base na relação visual dos dados e sua representação (relação de proporção).

Conteúdos
- Leitura e interpretação de mapas temáticos.
- População brasileira por região.
- População brasileira ocupada na indústria.
- Migrações internas.

Ano
7º ano.

Tempo estimado
Cinco aulas.

Material necessário
Atlas geográficos ou cópias de um mapa com círculos proporcionais sobre a população ocupada na indústria e de um mapa de fluxos migratórios, além de uma cópia de um mapa do Brasil com divisão regional, lápis, borracha, papel milimetrado, lápis de cor, cola e tesoura.

Flexibilização
Para alunos com deficiência visual
Antecipe as etapas desta sequência para o aluno cego e amplie o tempo de realização das atividades. Você terá que ajudar o aluno a construir novas adaptações para os mapas, que devem ser fornecidos com contornos em relevo e legendas em braile. Os círculos do primeiro mapa podem ser construídos com cola de relevo ou pedaços de barbante. No segundo mapa, as setas podem ser feitas desta mesma forma, ou substituídas por outras formas geométricas, como triângulos ou retângulos. Você pode, ainda, sugerir que o aluno use materiais que criem volume nos mapas. Ele pode empilhar quadrados feitos com EVA, com retalhos de tecidos espessos ou com pedaços de isopor sobre o mapa, proporcionalmente, de acordo com os dados fornecidos. Na discussão final, peça que o aluno compartilhe as estratégias que adotou com a turma. No contraturno, conte o apoio do AEE.

Desenvolvimento
1ª etapa
Distribua os atlas ou os mapas entre os alunos. Eles poderão trabalhar em duplas, usando um mesmo mapa. Comece pela observação detalhada do mapa com círculos proporcionais sobre a população brasileira ocupada na indústria (sugestão: mapa sobre Pessoal Ocupado na Indústria, existente no Geoatlas, de Maria Elena Simielli, Ed. Ática, 2009, pág. 123). Peça que leiam o título do mapa e digam o que ele representa e como essa informação está representada. Eles também devem buscar na legenda a fonte e a data dessa informação. Esses dados serão importantes quando a moçada for comparar esse mapa com outro, de modo que evitem usar mapas produzidos em datas diferentes e cheguem a conclusões equivocadas. Faça perguntas como: onde há maior quantidade de pessoas trabalhando em indústrias? Em qual região os círculos são menores? Por quê? Com isso, você vai auxiliar os alunos a entender que nesse tipo de mapa as quantidades são representadas por círculos de tamanhos (ou áreas) diferentes, sempre proporcionais às quantidades que representam.

2ª etapa
Em seguida, passe para a observação de um mapa de fluxos de migração interna no Brasil (sugestão: mapa sobre Migração na Década de 2000, existente no Geoatlas, de Maria Elena Simielli, Ed. Ática, 2009, pág. 121). Oriente a observação desse mapa com as mesmas questões anteriores: o que o mapa representa? Como essa informação está representada? Segundo a legenda, qual é a fonte dos dados e a data em que foram coletados? Então, converse sobre o significado das setas e da variação de suas larguras. Explique que as setas indicam a direção dos fluxos e que a largura delas indica a quantidade de migrantes, determinando pontos de dispersão e de atração de população. Estimule os alunos a ir além: a qual conclusão se chega com base na análise desse mapa? Existem setas com pontas nos dois sentidos? O que isso significa? Quais são os principais fluxos migratórios no Brasil?

3ª etapa

Agora, o desafio dos estudantes será construir um mapa com colunas proporcionais para representar a população total de cada região brasileira. Explique que as alturas (ou áreas) das colunas variam conforme o número de habitantes de cada região, tomando como base os dados da tabela abaixo.

Região
Habitantes
Altura da coluna (em milímetros)
Sudeste
80.364.410

Nordeste
53.081.950

Sul
27.386.891

Norte
15.864.454

Centro-Oeste
14.058.094

Fonte: IBGE - censo de 2010. 


Oriente a definição da proporção: cada milímetro das colunas corresponde a quantos habitantes? Proponha que os alunos identifiquem quantos habitantes tem a região mais populosa e a região menos populosa. O intervalo entre essas quantidades serve de referência para escolher a proporção mais adequada. Se definirmos, por exemplo, que 1 mm corresponde a 10 milhões de habitantes, a maior coluna terá 8 mm, mas a menor terá apenas 1,4 mm. Então, sugira experimentarem a relação 1 mm = 1 milhão de habitantes. Assim, a coluna maior, da região Sudeste, terá 80 mm (ou 8 cm), e a menor, da região Centro-Oeste, terá 14 mm (ou 1,4 cm). A escolha da proporção também depende do tamanho do mapa utilizado como base: se o mapa for pequeno, a proporção de 1 mm para cada 10 milhões de habitantes é mais adequada.
Coletivamente, calcule a altura das colunas das demais regiões. Depois, solicite que desenhem no papel milimetrado as colunas correspondentes àquelas alturas, lembrando que todas devem ter a mesma largura (cinco milímetros, por exemplo). Peça para a moçada pintar todas as colunas de uma mesma cor. Agora, é só recortar e colar as respectivas colunas no centro das regiões do mapa do Brasil. No topo de cada coluna, os alunos podem escrever o número de habitantes, sendo que não há necessidade de escrever o número completo (para o Sudeste basta escrever "80", por exemplo). Na legenda, sim, eles devem desenhar um pequeno retângulo de 1 x 5 milímetros e escrever "População (em X milhões de habitantes)", de acordo com a proporção definida. Não deixe que esqueçam de colocar o título do mapa: "População do Brasil - 2010". Na base do mapa eles também devem indicar a fonte dos dados: IBGE - censo de 2010 . (disponível aqui, acesso em 30 de maio de 2011).
Para concluir esta etapa, proponha a seguinte discussão: que vantagem o mapa tem sobre a tabela? Anote no quadro as respostas dos alunos. Oriente o bate-papo, de modo a deixar claro que no mapa é possível ver rapidamente quais são as regiões mais populosas, quais as menos populosas e como são discrepantes as diferenças. Para obtermos as mesmas informações na tabela é necessário ler linha por linha e comparar mentalmente os dados.

4ª etapa
Organize uma roda de conversa para discutir o trabalho realizado. Peça aos estudantes que retomem o que fizeram em cada uma das etapas. Faça com a turma uma relação entre os mapas da população brasileira ocupada na indústria, das migrações internas e o mapa da população brasileira por região que eles construíram. Explique que os fluxos migratórios se dirigem para áreas onde há elevada quantidade de população ocupada na indústria e que fluxos menores se dirigem para outras regiões. Esclareça as dúvidas que ainda permanecem quanto aos conceitos geográficos abordados nas atividades e, por fim, pergunte o que gostariam de saber mais sobre os mapas temáticos.

Avaliação
O ponto principal a ser avaliado é se os alunos compreenderam que os mapas com figuras proporcionais representam a relação existente entre os dados através de uma relação visual de mesma natureza, isto é, as figuras maiores correspondem a dados mais elevados. Ao longo das atividades, especialmente durante a produção do mapa de colunas para representar a população brasileira por região, registre se os alunos estabeleceram adequadamente as relações entre os centros de maior quantidade de pessoas ocupadas na indústria, os fluxos migratórios e a quantidade total de habitantes por região, além de terem incorporado a nomenclatura de elementos cartográficos à linguagem que mediou o estudo.

Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/interpretacao-mapas-figuras-proporcionais-639057.shtml

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