Interpretação
de mapas com figuras proporcionais
Objetivos
-Relacionar a variação visual das figuras com a variação das quantidades
representadas em um mapa temático.
-Construir um mapa de figuras proporcionais para representar a população
brasileira por região.
-Interpretar um mapa com base na relação visual dos dados e sua representação
(relação de proporção).
Conteúdos
- Leitura
e interpretação de mapas temáticos.
-
População brasileira por região.
-
População brasileira ocupada na indústria.
-
Migrações internas.
Ano
7º ano.
Tempo estimado
Cinco
aulas.
Material necessário
Atlas
geográficos ou cópias de um mapa com círculos proporcionais sobre a população
ocupada na indústria e de um mapa de fluxos migratórios, além de uma cópia de
um mapa do Brasil com divisão regional, lápis, borracha, papel milimetrado,
lápis de cor, cola e tesoura.
Flexibilização
Para alunos com deficiência visual
Antecipe
as etapas desta sequência para o aluno cego e amplie o tempo de realização das
atividades. Você terá que ajudar o aluno a construir novas adaptações para os
mapas, que devem ser fornecidos com contornos em relevo e legendas em braile.
Os círculos do primeiro mapa podem ser construídos com cola de relevo ou
pedaços de barbante. No segundo mapa, as setas podem ser feitas desta mesma
forma, ou substituídas por outras formas geométricas, como triângulos ou
retângulos. Você pode, ainda, sugerir que o aluno use materiais que criem
volume nos mapas. Ele pode empilhar quadrados feitos com EVA, com retalhos de
tecidos espessos ou com pedaços de isopor sobre o mapa, proporcionalmente, de
acordo com os dados fornecidos. Na discussão final, peça que o aluno
compartilhe as estratégias que adotou com a turma. No contraturno, conte o
apoio do AEE.
Desenvolvimento
1ª etapa
Distribua
os atlas ou os mapas entre os alunos. Eles poderão trabalhar em duplas, usando
um mesmo mapa. Comece pela observação detalhada do mapa com círculos
proporcionais sobre a população brasileira ocupada na indústria (sugestão: mapa
sobre Pessoal Ocupado na Indústria, existente no Geoatlas, de Maria Elena Simielli,
Ed. Ática, 2009, pág. 123). Peça que leiam o título do mapa e digam o que ele
representa e como essa informação está representada. Eles também devem buscar
na legenda a fonte e a data dessa informação. Esses dados serão importantes
quando a moçada for comparar esse mapa com outro, de modo que evitem usar mapas
produzidos em datas diferentes e cheguem a conclusões equivocadas. Faça
perguntas como: onde há maior quantidade de pessoas trabalhando em indústrias?
Em qual região os círculos são menores? Por quê? Com isso, você vai auxiliar os
alunos a entender que nesse tipo de mapa as quantidades são representadas por
círculos de tamanhos (ou áreas) diferentes, sempre proporcionais às quantidades
que representam.
2ª etapa
Em
seguida, passe para a observação de um mapa de fluxos de migração interna no
Brasil (sugestão: mapa sobre Migração na Década de 2000, existente no Geoatlas,
de Maria Elena Simielli, Ed. Ática, 2009, pág. 121). Oriente a observação desse
mapa com as mesmas questões anteriores: o que o mapa representa? Como essa
informação está representada? Segundo a legenda, qual é a fonte dos dados e a
data em que foram coletados? Então, converse sobre o significado das setas e da
variação de suas larguras. Explique que as setas indicam a direção dos fluxos e
que a largura delas indica a quantidade de migrantes, determinando pontos de
dispersão e de atração de população. Estimule os alunos a ir além: a qual
conclusão se chega com base na análise desse mapa? Existem setas com pontas nos
dois sentidos? O que isso significa? Quais são os principais fluxos migratórios
no Brasil?
3ª etapa
Agora, o
desafio dos estudantes será construir um mapa com colunas proporcionais para
representar a população total de cada região brasileira. Explique que as
alturas (ou áreas) das colunas variam conforme o número de habitantes de cada
região, tomando como base os dados da tabela abaixo.
Região
|
Habitantes
|
Altura
da coluna (em milímetros)
|
Sudeste
|
80.364.410
|
|
Nordeste
|
53.081.950
|
|
Sul
|
27.386.891
|
|
Norte
|
15.864.454
|
|
Centro-Oeste
|
14.058.094
|
Fonte:
IBGE - censo de 2010.
Oriente a
definição da proporção: cada milímetro das colunas corresponde a quantos
habitantes? Proponha que os alunos identifiquem quantos habitantes tem a região
mais populosa e a região menos populosa. O intervalo entre essas quantidades
serve de referência para escolher a proporção mais adequada. Se definirmos, por
exemplo, que 1 mm corresponde a 10 milhões de habitantes, a maior coluna terá 8
mm, mas a menor terá apenas 1,4 mm. Então, sugira experimentarem a relação 1 mm
= 1 milhão de habitantes. Assim, a coluna maior, da região Sudeste, terá 80 mm
(ou 8 cm), e a menor, da região Centro-Oeste, terá 14 mm (ou 1,4 cm). A escolha
da proporção também depende do tamanho do mapa utilizado como base: se o mapa
for pequeno, a proporção de 1 mm para cada 10 milhões de habitantes é mais
adequada.
Coletivamente,
calcule a altura das colunas das demais regiões. Depois, solicite que desenhem
no papel milimetrado as colunas correspondentes àquelas alturas, lembrando que
todas devem ter a mesma largura (cinco milímetros, por exemplo). Peça para a
moçada pintar todas as colunas de uma mesma cor. Agora, é só recortar e colar
as respectivas colunas no centro das regiões do mapa do Brasil. No topo de cada
coluna, os alunos podem escrever o número de habitantes, sendo que não há
necessidade de escrever o número completo (para o Sudeste basta escrever
"80", por exemplo). Na legenda, sim, eles devem desenhar um pequeno
retângulo de 1 x 5 milímetros e escrever "População (em X milhões de
habitantes)", de acordo com a proporção definida. Não deixe que esqueçam
de colocar o título do mapa: "População do Brasil - 2010". Na base do
mapa eles também devem indicar a fonte dos dados: IBGE - censo de 2010 .
(disponível aqui, acesso em 30 de maio de 2011).
Para
concluir esta etapa, proponha a seguinte discussão: que vantagem o mapa tem
sobre a tabela? Anote no quadro as respostas dos alunos. Oriente o bate-papo,
de modo a deixar claro que no mapa é possível ver rapidamente quais são as
regiões mais populosas, quais as menos populosas e como são discrepantes as
diferenças. Para obtermos as mesmas informações na tabela é necessário ler
linha por linha e comparar mentalmente os dados.
4ª etapa
Organize
uma roda de conversa para discutir o trabalho realizado. Peça aos estudantes
que retomem o que fizeram em cada uma das etapas. Faça com a turma uma relação
entre os mapas da população brasileira ocupada na indústria, das migrações
internas e o mapa da população brasileira por região que eles construíram.
Explique que os fluxos migratórios se dirigem para áreas onde há elevada
quantidade de população ocupada na indústria e que fluxos menores se dirigem
para outras regiões. Esclareça as dúvidas que ainda permanecem quanto aos
conceitos geográficos abordados nas atividades e, por fim, pergunte o que gostariam
de saber mais sobre os mapas temáticos.
Avaliação
O ponto
principal a ser avaliado é se os alunos compreenderam que os mapas com figuras
proporcionais representam a relação existente entre os dados através de uma
relação visual de mesma natureza, isto é, as figuras maiores correspondem a
dados mais elevados. Ao longo das atividades, especialmente durante a produção
do mapa de colunas para representar a população brasileira por região, registre
se os alunos estabeleceram adequadamente as relações entre os centros de maior
quantidade de pessoas ocupadas na indústria, os fluxos migratórios e a
quantidade total de habitantes por região, além de terem incorporado a
nomenclatura de elementos cartográficos à linguagem que mediou o estudo.
Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/interpretacao-mapas-figuras-proporcionais-639057.shtml
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